SOLSTÍCIO DE INVERNO – YULE – ALBAN ARTHAN
A noite mais longa. Tempo de morte e renascimento. Na escuridão deitamos fora o “lixo” que nos tem acompanhado e que tem estado a impedir o nosso desenvolvimento, abrimo-nos à luz e às forças da inspiração. Agora o deus sol renasce e um novo ciclo se inicia.
Yule significa “roda” e este é considerado um momento de mudança, pois contém em si a semente da luz. É tempo de alegria, celebração, esperança e confiança no regresso da luz, da renovação e do renascimento. Assim, é um bom momento para olhar o futuro, procurar presságios e sinais, fazer planos, meditar e escutar as orientações da nossa voz interior.
Na tradição da Deusa, ela é agora honrada na sua forma de Mãe que dá à luz o Deus Sol, esse que irá em breve fertilizar e aquecer a terra para que as sementes possam germinar.
Para celebrar o renascimento da luz do ventre escuro da Mãe Terra, os antigos pagãos ateavam grandes fogueiras nas ruas e dentro de casa acendiam-se os troncos de Yule, de madeira de freixo, que deveriam ser mantidos a arder por doze dias, representando o brilho da luz solar por doze meses e também como forma de dar força ao jovem Sol. Os troncos queimados e as suas cinzas eram depois guardados como talismãs contra raios e incêndios.
Também se trocavam presentes (por se tratar do “nascimento” do sol), reverenciavam-se as árvores sagradas, como o carvalho e o pinheiro, e plantas como o visco ou o azevinho.
Este é o momento do triunfo da luz sobre a escuridão. Assim termina o reinado do Deus Azevinho e começa a regência do Rei Carvalho, que durará até ao solstício de verão.
Que nos possamos despir de tudo o que já não serve o propósito da nossa alma e que possa renascer em nós a alegria, a coragem, a criatividade, a confiança e entusiasmo pela vida. Que assim seja!
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