ROMÃ
Muito presente na fase da roda do ano que vivemos neste momento, a Romã (que significa maçã cheia de sementes) é um símbolo do útero e de fertilidade e, por conseguinte, está associada ao submundo e aos mistérios da morte, da concepção e do renascimento. As suas sementes e o seu néctar cor de sangue simbolizam a eterna renovação da vida na terra.
Presente em muitos mitos das mais diversas tradições, ela é indissociável do mito de Deméter e Core, no qual Core é raptada por Hades, deus do submundo, levando Deméter ao desespero na busca pela sua filha donzela. Core torna-se Perséfone e Rainha do Submundo ao comer as sementes de romã que lhe são dadas por Hades, tornando-se assim também sua consorte. Foi também este ato que lhe permitiu regressar à superfície onde passaria metade do ano junto da sua mãe Deméter, trazendo sementes e abundância aos campos, para depois iniciar novamente a descida para o mundo subterrâneo. A romã é assim uma ponte entre mundos.
“Salve Perséfone, Deusa do Fogo e da Terra, Senhora das Sombras e da Luz. Chama misteriosa do Mundo Subterrâneo, abençoa-me com as lições da serpente, para eu saber como mudar e renascer, abençoa-me com o louro e a romã para me curar, segura as tuas tochas para o alto e ilumina o meu caminho com poder, e abençoa-me com sabedoria.” (Lunaea – the silver branch)
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